Tecnologia
No último pequeno-almoço TecnoHotel de intermediação hoteleira, surgiram várias questões que não podemos deixar de referir. Entre elas, as novidades tecnológicas que marcarão o setor hoteleiro nos próximos meses.
29-04-2019
Reservas por voz Para Felix Peláez, da Mirai, as reservas por voz "já são uma realidade que simplificará todo o processo de reserva", embora ainda tenham um longo caminho à frente. Jon Recacoechea, do Google, também enfatizou o tema. "Esses assistentes de voz já estão a começar a entrar nos centros de contacto. Para isso, devemos adicionar toda a parte preditiva, não apenas com a personalização do valor, mas com a previsão de alguém que cancela, compra ou repete. Todas essas previsões bem geridas durante o processo de compra podem acabar em cross-selling ou upselling "
No entanto, Roberto Ramos, de Atrápalo, não acredita que nas reservas de hotéis a voz seja primordial. "Vemos ver isso mais em reservas de voos ou passagens, no que se refere aos hotéis, o usuário quer ver opiniões e fotos", argumenta.
Móvel Embora o celular seja a tecnologia mais presente no setor, ainda há muito espaço para melhorias. "Qualquer aplicativo que facilite a vida no momento da reserva, é bem-vindo", diz Belén Pérez, da Novotel. Além disso, lembra também que se está a abrir uma lacuna tecnológica muito grande com pessoas com mais de 50 anos. "Eles são pessoas com alto poder aquisitivo que precisam estar familiarizados com a tecnologia." Para Miguel Segura, da Hilton, o futuro próximo passa pelo móvel, concretamente, centralizar ali toda a experiência. "Graças ao telemóvel eu sou capaz de escolher o quarto que eu quero, o check-in antes de chegar, abrir a porta ...", diz ele. "Isso ajudará muito o hotel a criar experiências personalizadas, para que o cliente tenha o que precisa desde o início". Rodrigo Cuesta, do openROOM, especificou que, antes o telemóvel era usado apenas para consultas, atualmente é também utilizado para fazer reserva. "Além disso, ele deve ser usado como um sistema de rastreamento de clientes dentro do hotel, para ajudar a resolver conflitos nos momentos mais críticos: check-in, chegada ao quarto, pequeno almoço ou check-out."
Obsessão tecnológica? David Madrigal, da Paraty Tech, focou diversas tecnologias: voz, chatbots e assistentes virtuais. Por sua vez, compartilhou com Belén Pérez, da Novotel, que o foco está nas novas gerações e que as pessoas com mais de 50 anos estão a ser deixados de lado. Madrigal lembrou que a maior percentagem de reservas "não vem dos Millennials, que viajam de forma diferente". E observou que o setor é um pouco obcecado por novas tecnologias. "Estamos a ir para um pequeno nicho, ainda há muita catequização a ser feita." Da mesma forma, concordou com Roberto Ramos: "Se o cliente não vê o quarto, ele não o reserva por voz, porque mesmo vendo a foto não confia apenas nisso”. Por outro lado, mostrou algum interesse com os transcritores de voz de texto. "Ser capaz de transcrever a conversa com o cliente traria um valor analítico muito importante". Por exemplo, se um cliente não ficou satisfeito, podemos ver quais palavras-chave são aquelas que o incomodaram e tentar arranjar soluções.