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Smart Building em hotelaria: três tendências

Pressões regulatórias e expectativas crescentes do lado do cliente estão a levar o setor hoteleiro a adotar tecnologias de controlo que permitam melhorar a eficiência dos processos, otimizar despesas e oferecer experiências diferenciadas

19-11-2019

Smart Building em hotelaria: três tendências

Pressões regulatórias e expectativas crescentes do lado do cliente estão a levar o setor hoteleiro a adotar tecnologias de controlo que permitam melhorar a eficiência dos processos, otimizar despesas e oferecer experiências diferenciadas

O mercado da hotelaria é desafiador, especialmente no high-end, onde hóspedes que pagam dezenas de milhares de dólares por noite por um quarto de hotel esperam a perfeição.

No entanto, o segmento de luxo também oferece a oportunidade de implementar tecnologias de smart building que se vieram a tornar mainstream ao longo dos anos.

Segundo Bill Lally, presidente do integrador de tecnologia de hotéis Mode: Green, existem três principais fatores a impulsionar a adoção destas tecnologias no setor de hotelaria:  a experiência do hóspede, a eficiência operacional e códigos de consumo de energia.

 

Energia

Muitas áreas nos Estados Unidos – e em todo o mundo – têm regulações concebidas para ajudar a minimizar o desperdício de energia em quartos de hotel desocupados. Estas regras, bem como o aumento dos custos de climatização de edifícios, estão a levar cada vez mais executivos a adotar tecnologias como, por exemplo, os sistemas de detecção de ocupação que permitem desligar as luzes e a ajustar a temperatura automaticamente quando os hóspedes estão fora.

 

Eficiência operacional

Outro fator a influenciar o interesse em smart building no setor de hotelaria está relacionado com a eficiência operacional. Um exemplo é a funcionalidade eletrónica de “do not disturb” que substitui os sinais físicos. Do ponto de vista de um hotel conectado, esta a funcionalidade oferece à equipa de limpeza a possibilidade de ver remotamente que quartos têm para limpar, permitindo que planeiem as suas rotas com base nestes dados.

Isso pode limitar a quantidade de tempo que as equipas gastam a navegar corredores e subir e descer elevadores, e que aloquem os produtos e equipamentos de limpeza para onde são mais necessários.

“Isto é especialmente útil em hotéis de maiores dimensões, onde os custos de mão-de-obra são extremamente altas", refere Lally.

 

Experiência do hóspede

A última tendência é a mudança das expectativas dos consumidores.

Por um lado, graças ao uso de generalizado de serviços de streaming, muitos hotéis deixaram de se poder diferenciar através da simples oferta de conteúdos. O novo modelo é que os hóspedes levem os seus próprios dispositivos para o hotel e usem a infraestrutura do quarto de hotel para o tornar numa “extensão” da sua casa

Por outro, a crescente adoção de smart speakers está a fazer com que o setor da hotelaria procure oferecer experiências semelhantes aos utilizadores.

"Estamos a ver o controlo de voz a ganhar cada vez mais terreno, especialmente nos mercados dos EUA, onde os sistemas são principalmente de língua inglesa", disse Lally.

Também existe uma tendência para estender a experiência do cliente ao longo de todas as instalações, “levar esta experiência para fora do quarto para que a tecnologia permita aceder aos serviços de quarto em todo o resort – ou mesmo fora do resort”, segundo Lally.

Levando isto mais longe, há a ideia de que os setores de smart hotel e smart home venham a convergir, até certo ponto. Por exemplo, um hóspede que tenha Amazon Echo em casa e que prefira chegar a casa e ter o termostato ajustado para 22ºC, luzes difusas e a sua estação de rádio preferida a tocar poderia entrar num quarto de hotel e ter essa mesma experiência.

Segundo Lally, embora seja atualmente possível oferecer estas experiências, “isto não está de momento a ser feito em larga escala", em grande parte porque oferecer esta experiência requer um investimento significativo da parte do hotel, bem como a capacidade de agregar as preferências do cliente no sistema de reservas do hotel, na base de dados do programa de fidelidade ou no software de CRM.

“Obter informações da preferência do hóspede para as poder traduzir num sistema de controlo é complicado”, disse Lally, não só tecnicamente como no âmbito de questões de segurança e compliance.

Ainda assim, a “distância” entre hotéis e residências provavelmente virá a diminuir nos próximos anos. “Diria que estamos definitivamente a caminhar nesse sentido; é para isto que todos estamos a trabalhar ", disse Lally.

Fonte: smartplanet

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