Setor
A chave para as acomodações turísticas, hoteleiras e não hoteleiras será oferecer segurança visível sem parecer um hospital, uma vez que o comportamento e a procura dos turistas que viajam não serão os mesmos de antes.
29-04-2020
Entre o final da quarentena e a imunização, abre-se um período em que a segurança e a saúde assumem maior relevância e importância. A chave para as acomodações turísticas, hoteleiras e não hoteleiras será oferecer segurança visível sem parecer um hospital, uma vez que o comportamento e a procura dos turistas que viajam não serão os mesmos de antes.
Essa nova realidade força os estabelecimentos turísticos a adaptarem-se aos novos regulamentos e protocolos de saúde após a pandemia. Regras marcadas pelo distanciamento social e redução do contacto entre as pessoas. Um novo paradigma que levou a impulsionar a digitalização do setor.
"Os novos protocolos para evitar o contágio vão 'obrigar' em muitos casos à digitalização", explica Sergio Gil, CEO e co-fundador da Hoomvip e Hotelvip.
Entrada/saída on-lineA crise do Covid-19 exigirá mudanças nos sistemas de gestão interna; adaptações operacionais, como mudanças na capacidade e ajustes técnicos, por exemplo, em métodos de ativação não-tátil, podem ser por voz ou smartphones. A aglomeração de pessoas para check-in ou check-out na recepção também não será possível; será necessário marcar uma fila de espera que garanta a separação social ou apostar nos sistemas digitais.
O mercado possui soluções para auto-check-in e gestão abrangente de acomodações e hotéis turísticos. Esses aplicativos móveis permitem os processos de check-in e check-out sem passar pela receção.
O turista pode ir diretamente para o quarto ou apartamento turístico. Além disso, por meio de seus smartphones, os hóspedes podem abrir a porta ou portas necessárias e aceder a outros serviços.
“Sem dúvida, as novas tecnologias estão a ajudar-nos a implementar muitos protocolos necessários devido à expansão do Covid-19. No confinamento, permitem-nos teletrabalhar e agora continuarão a ajudar-nos a manter a distância social ”, diz Sergio Gil.
Além disso, através da validação de documentos de identidade e reconhecimento facial por biometria, os dados são enviados automaticamente aos órgãos e forças de segurança do Estado. "Ou seja, não apenas têm acesso ao quarto sem chaves ou cartão, mas também cumprem os regulamentos legais", comentou.
Limpeza e desinfeçãoA procura por esse tipo de aplicativo aumentou com a pandemia, a fim de garantir a segurança dos clientes e melhorar o processo de chegada. Mas o setor também sofrerá alterações nos protocolos de limpeza e desinfeção e nas medidas de higiene.
Certificados de desinfeção específicos deverão ser criados contra o Covid-19, que incluem a data da ação e a empresa responsável pela sua execução. O "Selo de Garantia Santinário está a ser criado em parceria da AHP, Turismo de Portugal e DGS" (https://www.tecnohotelnews.pt/2020/04/22/a-hotelaria-podera-comecara-a-reabrir-em-julho/)
Além disso, luvas e máscaras serão essenciais para a equipe e os produtos químicos contra o vírus começarão a ser usados. Obviamente, máscaras e géis desinfetantes também deverão estar disponíveis para os clientes.
Mesas separadasNos restaurantes e salas de jantar dos hotéis, também notaremos a mudança. A separação das mesas será essencial e os buffets de pequeno almoço provavelmente sofrerão uma mudança para manter a distância social.
Talvez o pequeno almoço continental servido no quarto predomine.