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World Bank: robôs não são uma ameaça

O perigo que a automação representa para o mercado de trabalho pode não ser tão marcado quanto inicialmente previsto, segundo um novo relatório do World Bank

11-01-2019

World Bank: robôs não são uma ameaça

O perigo que a automação representa para o mercado de trabalho pode não ser tão marcado quanto inicialmente previsto, segundo um novo relatório do World Bank

Um recente relatório do World Bank sobre a natureza mutável do trabalho determinou que a proliferação da automação tem tido um impacto negligível no empregamento a nível mundial, apesar da preocupação de que os trabalhadores humanos sejam substituidos por máquinas nos próximos anos

Mesmo a empregabilidade no setor industrial nas economias, que desapareceu nas economias avançadas, foi largamente compensado pelo crescimento do setor na Ásia de leste

“Este medo de que os robôs estejam a eliminar empregos – por agora este medo não é suportado por factos,” afirmou Pinelopi Koujianou Goldberg, Chief Economist do World Bank, numa entrevista com a Bloomberg.

O que o World Bank admite de facto é que a natureza do trabalho vai evoluir significativamente no futuro

A automação vai muito provavelmente continuar a substituir empregos de baixa remuneração em economias avançadas e países em desenvolvimento, mas está também a “criar oportunidades para empregos diferentes, mais produtivos e mais criativos.”

“Esta é a quarta revolução industrial, já houveram três e em cada caso a humanidade conseguiu sobreviver,” conclui Goldberg. “Eventualmente havemos de nos ajustar.”

O relatório determinou, no entanto, que a participação da indústria no total do empregamento caiu mais de 10% nas últimas duas décadas em diversos países, à medida que os trabalhadores migraram de trabalhos na manufatura para a prestação de serviços, mas numa escala global esta mudança foi negligenciável.

O relatório afirma, no entanto, que os trabalhadores terão uma maior probabilidade de ter muitos empregos no decorrer das suas carreiras, maioritariamente devido à dita “gig economy”, na qual profissionais altamente especializada trabalham por conta própria ou a curto prazo para objetivos específicos, em vez de deterem um posto na mesma empresa durante anos ou décadas como  foi durante muito tempo a norma.

As habilitações terão um papel crucial, com as menos avançadas a serem mais facilmente substituídas por tecnologias, mas aquelas como resolução de problemas complexos, trabalho em equipa, lógica e capacidade de comunicação a serem procurados por empregadores.

O World Bank acredita que os governos devem garantir um nível mínimo universal de proteção social, uma vez que os trabalhadores se movem de um emprego para outro com cada vez mais frequência. Uma possibilidade seria implementar apólices de seguros independentes do estatuto laboral.

Fonte: IT-INSIGHT -  www.itinsight.pt

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