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Enquanto grande consumidor de recursos naturais e responsável por uma parcela significativa de emissões de carbono, a construção está sob pressão para se reinventar e adotar práticas que alinhem crescimento e sustentabilidade.
22-11-2024 . Por TecnoHotelPortugal
No contexto da COP29, que decorre durante este mês em Baku e onde se discutem os compromissos globais com a sustentabilidade e as metas ambientais, o setor da construção enfrenta uma transformação importante. Enquanto grande consumidor de recursos naturais e, de acordo com o World Economic Forum, responsável por uma parcela significativa de emissões de carbono, a construção está sob pressão para se reinventar e adotar práticas que alinhem crescimento e sustentabilidade.
Nuno Garcia, Diretor-Geral da GesConsult, reflete sobre o momento de mudança: “a COP29 reforça a urgência de ações concretas, sobretudo nos setores de grande impacto ambiental - e a construção é um deles. Estamos a ver um movimento claro em direção a escolhas mais sustentáveis, onde o cumprimento das normas ambientais se alia a inovações tecnológicas, permitindo-nos fazer parte da solução no combate às alterações climáticas. Temos de reforçar a nossa capacidade de inovar e de adotar práticas que respeitem o ambiente e as comunidades.”
À medida que os países se comprometem a atingir novas metas climáticas, surgem tendências que destacam a sua importância para um futuro mais sustentável e alinhado com as exigências regulamentares, nomeadamente:
1 | Construção Modular e Pré-fabricada Sustentável
Com a construção modular, os componentes são fabricados em ambientes controlados, diminuindo os resíduos e o tempo de montagem. Promove a economia de recursos, e reduz o impacto ambiental durante o processo de construção.
2 | Eficiência Energética e Descarbonização
Soluções como fachadas de alto desempenho, uso de fontes de energia renováveis, como painéis solares, e utilização de tecnologias que permitem um facility management em tempo real estão a ganhar espaço, promovendo a eficiência energética e a descarbonização dos edifícios, alinhadas com as regulamentações que incentivam a implementação deste tipo de soluções.
3 | Uso de Materiais Reciclados e Inovadores
Os materiais reciclados, como o betão verde e o aço reciclado, ganham relevância. Além disso, o investimento em novos materiais ecológicos, como madeira laminada, permite construir com menor pegada de carbono.
4 | Gestão de Água e Redução de Resíduos
Sistemas de reaproveitamento de águas pluviais e de gestão de resíduos no local de construção tornam-se essenciais, contribuindo para reduzir o consumo de água potável e minimizar o desperdício, indo ao encontro das novas regulamentações.
5 | Economia Circular na Construção
A economia circular propõe a reutilização de materiais e a reciclagem de componentes no final da vida útil de um edifício, fechando o ciclo de produção. Esta abordagem promete reduzir os resíduos de construção de modo significativo, um dos maiores desafios do setor.
6 | Certificações Verdes e Conformidade Ambiental
Certificações como LEED e BREEAM estão a ser cada vez mais valorizadas, demonstrando o compromisso das empresas em respeitar os padrões ambientais. A conformidade com as novas regulamentações ambientais está a tornar-se obrigatória em muitos países, exigindo que as empresas se adaptem rapidamente para evitar penalizações.
Portugal, comprometido com os objetivos estabelecidos na COP29, nomeadamente com a promoção de práticas sustentáveis e a implementação de políticas e iniciativas para a transição para uma economia de baixo carbono, procura adaptar-se às novas exigências e padrões sustentáveis no setor da construção. A GesConsult mantém-se empenhada em apoiar esta transição, promovendo soluções que contribuem para um futuro mais equilibrado e responsável no setor.
Fonte: www.smartplanet.pt/