Mais restrições às viagem são os desafios atuais para o turismo

Um em cada três destinos em todo o mundo está completamente fechado para o turismo internacional.

De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial do Turismo (OMT), o surgimento de novas variantes do vírus COVID-19 levou muitos governos a reverter os esforços para aliviar as restrições às viagens, com fechamentos totais para turistas mais prevalentes na Ásia e no Pacífico e Europa.

O Relatório de Restrições de Viagem da OMT fornece uma visão geral abrangente dos regulamentos em vigor em 217 destinos em todo o mundo. Embora as edições anteriores tenham mostrado um movimento no sentido de flexibilizar ou suspender as restrições às viagens, o último relatório mostra que a persistente gravidade da situação epidemiológica fez com que os governos adotassem uma abordagem mais cautelosa.

No início de fevereiro, 32% de todos os destinos no mundo (69 no total) estavam completamente fechados para o turismo internacional. Destes, cerca de pouco mais da metade (38 destinos) está fechado há pelo menos 40 semanas. Ao mesmo tempo, 34% dos destinos mundiais estão parcialmente fechados para turistas internacionais.

O secretário-geral da OMT, Zurab Polilikashvili, afirma: “As restrições de viagens têm sido amplamente utilizadas para restringir a disseminação do vírus. Agora, enquanto trabalhamos para reiniciar o turismo, devemos reconhecer que as restrições são apenas uma parte da solução. Seu uso deve ser baseado nos dados e análises mais recentes e consistentemente revisado para permitir o reinício seguro e responsável de um setor do qual muitos milhões de empresas e empregos dependem. ”

Variações regionais claras

A nona edição do Relatório de Restrições de Viagem da OMT mostra que permanecem diferenças regionais em relação às restrições de viagem. Dos 69 destinos com fronteiras totalmente fechadas aos turistas, 30 estão na Ásia e no Pacífico, 15 na Europa, 11 na África, 10 nas Américas e três no Oriente Médio.

Ao mesmo tempo, a pesquisa da OMT também indica uma tendência de adotar uma abordagem mais matizada, baseada em evidências e riscos para implementar restrições a viagens. Um número crescente de destinos em todo o mundo agora exige que os turistas internacionais apresentem um PCR ou teste de antígeno negativo na chegada e também forneçam detalhes de contacto para fins de rastreamento. Com efeito, 32% de todos os destinos mundiais têm agora a apresentação desses testes como principal requisito para chegadas internacionais, muitas vezes combinadas com quarentena, enquanto a mesma quantidade tornou os testes uma medida secundária ou terciária.  Os principais mercados de turismo permanecem cautelosos 

Enquanto a OMT lidera o reinício do turismo, o Relatório de Restrições de Viagem também observa como diferentes governos estão emitindo conselhos para seus próprios cidadãos. A análise dos dez principais mercados de fontes de turismo atualmente desaconselhando viagens não essenciais ao exterior revelou que eles geraram 44% de todas as chegadas internacionais em 2018. A OMT observa que os conselhos emitidos pelos governos desempenharão um papel crucial no reinício e recuperação do turismo nas semanas e meses à frente.

 

 

 

 

 

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