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Inquérito AHRESP sobre o efeito positivo do Turismo Interno

O efeito positivo do Turismo Interno não diminuiu intenções de insolvência: 38% na restauração e bebidas e 16% no alojamento turístico

04-09-2020

Inquérito AHRESP sobre o efeito positivo do Turismo Interno

O efeito positivo do Turismo Interno não diminuiu intenções de insolvência: 38% na restauração e bebidas e 16% no alojamento turístico

O período do Verão não foi suficiente para reforçar a tesouraria das empresas. O inquérito mensal AHRESP, que decorreu entre 31 de agosto e 3 de setembro, com 1.049 respostas válidas, revela muitas empresas sem solução para a sua sobrevivência.   Lisboa, 04 de setembro de 2020 Os resultados de mais um inquérito mensal da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal à atividade turística revelam uma situação dramática para as empresas da restauração e bebidas e do alojamento turístico, que se irá agravar significativamente com a diminuição das férias dos portugueses e a menor utilização de esplanadas com o aproximar do Outono.

Na Restauração e Bebidas, mais de 38% das empresas ponderam avançar para insolvência, dado que as receitas realizadas e previstas não permitirão suportar os encargos habituais para o normal funcionamento da sua atividade.

Para as empresas inquiridas, a faturação do mês de agosto foi devastadora, com 70% das empresas a registarem quebras homólogas de faturação acima dos 40%.

Mais de 9% das empresas não conseguiram efetuar o pagamento dos salários em agosto e 10% só o fez parcialmente.

Com esta realidade, 14% das empresas já efetuaram despedimentos desde o início do estado de emergência, e mais de 24% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.

Para as empresas do Alojamento Turístico o cenário é igualmente alarmante. Durante todo o mês de agosto, 12% das empresas não registaram qualquer ocupação e mais de 16% indicou uma ocupação máxima de 10%.

22% das empresas inquiridas revelaram uma quebra homóloga superior a 90% na taxa de ocupação.

O mês de setembro indicia resultados não menos preocupantes, pois 24% das empresas não esperam uma taxa de ocupação acima dos 10%, e mais de 17% das empresas perspetivam uma ocupação zero.

Perante este cenário, 16% das empresas ponderam avançar para insolvência por não conseguirem suportar todos os normais encargos da sua atividade.

Mais de 19% das empresas não conseguiram efetuar o pagamento dos salários em agosto e 8% só o fez parcialmente.

Com esta realidade, cerca de 16% das empresas assumem que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano.

 

Estes resultados nacionais, quer da restauração e bebidas, quer do alojamento turístico, não evidenciam diferenças muito significativas entre as várias regiões. Esta análise incidiu sobre as 5 regiões do continente (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve) e as 2 regiões autónomas (Açores e Madeira).


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