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05-01-2022
Sempre que se anunciam novas medidas que vêm limitar o funcionamento das atividades da restauração, similares e do alojamento turístico, os cancelamentos surgem de forma intensa. Segundo os resultados do mais recente inquérito da AHRESP sobre o Natal e o Fim de Ano, as recentes restrições levaram a que mais de 80% das empresas tenham sido impactadas com cancelamentos.
Questionadas sobre o cancelamento de reservas logo após o primeiro anúncio de medidas restritivas, apresentadas pelo Primeiro-Ministro no final do mês de novembro, que previam a obrigatoriedade de apresentação de certificado digital de vacinação para Restauração e Alojamento e testes para bares e discotecas, a larga maioria das empresas de restauração e similares (88%), e 83% das empresas de alojamento turístico começaram a receber cancelamentos. No total desta época de Natal e Fim de Ano, 47% das empresas de restauração e 42% do alojamento, registaram cancelamentos em mais de metade das reservas que tinham confirmadas. Esta foi uma das principais conclusões do inquérito da AHRESP para avaliar o impacto das medidas restritivas no Natal e Fim de Ano, que contou com 557 respostas válidas e representativas dos setores da restauração, similares e do alojamento turístico, em todo o território nacional, cujos principais resultados se apresentam de seguida:
RESTAURAÇÃO E BEBIDAS
Reservas e Cancelamentos • 88% das empresas de restauração e similares registaram cancelamentos de reservas logo após o primeiro anúncio de medidas restritivas, apresentadas pelo Primeiro-Ministro no final do mês de novembro; • Para 47% das empresas, mais de metade das reservas que tinham confirmadas foram alvo de cancelamento; • 57% das empresas admitiram terem encerrado os seus estabelecimentos no dia 1 de janeiro; Faturação • 20% das empresas registaram quebras de faturação superiores a 50% em dezembro, comparativamente ao mesmo mês de 2020; • 47% das empresas admitem não ter conseguido acumular reservas financeiras nos meses de verão e 44% indicam que conseguiram acumular reservas financeiras, mas já tiveram de as utilizar.
ALOJAMENTO TURÍSTICO
Reservas e Cancelamentos • 83% das empresas de alojamento turístico registaram cancelamentos de reservas logo após o primeiro anúncio de medidas restritivas, apresentadas pelo Primeiro-Ministro no final do mês de novembro; • Para 42% das empresas, mais de metade das reservas que tinham confirmadas foram alvo de cancelamento; • 18% dos estabelecimentos estiveram encerrados na noite de passagem de ano; Faturação • 20% das empresas registaram quebras de faturação superiores a 50% em dezembro de 2021, comparativamente ao mesmo mês de 2020; • 38% das empresas admitem não ter conseguido acumular reservas financeiras nos meses de verão e outras 38% indicam que conseguiram acumular reservas financeiras, mas já tiveram de as utilizar. Taxas de Ocupação e Clientes - Natal • 66% das empresas indicaram ter uma taxa de ocupação igual ou inferior a 25% nos dias de Natal, sendo que para 38% das empresas a taxa de ocupação da época do Natal de 2021 foi inferior à de 2020; Taxas de Ocupação e Clientes – Ano Novo • 51% das empresas indicaram ter uma taxa de ocupação igual ou inferior a 25% na época do Ano Novo, sendo que para 34% das empresas a taxa de ocupação do fim de ano de 2021 foi inferior à de 2020; O elevado nível de cancelamentos numa época tradicionalmente conhecida como balão de oxigénio para as empresas, com consequências graves para a estabilidade dos negócios, que se veem sem clientes e sem trabalhadores, são motivos mais que suficientes para que haja novos apoios a fundo perdido para a tesouraria das empresas. Quaisquer novas medidas de saúde pública de controlo da pandemia devem ser, por isso, ponderadas, de forma a atenuar os efeitos negativos que provocam nas empresas da restauração, similares e do alojamento turístico. Para 2022 prevê-se a subida de preçosem várias áreas, que terão enorme impacto nos negócios das nossas atividades económicas, pelo que é da maior relevância, já em janeiro de 2022, o reforço dos apoios a fundo perdido, de forma a compensar as perdas e para que se mantenham os negócios e os respetivos postos de trabalho.
Inquérito completo aqui