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Foi esta uma das conclusões de um estudo da Siemens e da Arup, encomendado pela cidade de Bruxelas com o propósito de determinar como tornar a cidade histórica mais sustentável
10-10-2019
Especialistas na área prevêm que pressões globais como as alterações climatéricas e escassez de recursos energéticos levarão a que as principais cidades globais se transformem em cidades inteligentes nos próximos cinco a dez anos.
Por exemplo, segundo algumas estimativas, tornar a infraestrutura urbana inteligente pode reduzir o consumo de energia nas cidades em cerca de 30%. É também esperado que mais ganhos de eficiência também possam ser obtidos de outras maneiras, como através de grandes reduções de congestionamento usando sistemas de gestão de tráfego ou modificando os intervalos de transporte público em tempo real com base em dados variáveis da população circulante.
Christoph Frei, secretário-geral do World Energy Council, é uma das pessoas que acreditam que a integração é a chave da inovação: “As pessoas estão habituadas a pensar dentro de sua própria caixa. Com tantas coisas a mudar a uma velocidade incrível, isso precisa urgentemente de mudar.”Por exemplo, como o planeamento urbano e a eficiência energética estão diretamente vinculados, Frei acredita que os decisores e os gestores de energia devem trabalhar de mãos dadas no desenvolvimento de uma infraestrutura inteligente adequada para uma variedade de usos.
Outra área na qual a infraestrutura inteligente se traduz em eficiência energética são os edifícios. Em Bruxelas, um estudo da Siemens e da Arup identificou a modernização de edifícios existentes como uma maneira promissora de obter ganhos rápidos. Especificamente, os sistemas digitais de gestão de energia do edifício permitem ao usuário maior controle e informação, e permitem que o próprio edifício reduza o consumo de energia, ao detetar quando as salas estão ocupadas ou as janelas estão abertas e, em resposta, fazendo ajustes nos sistemas de iluminação e climatização.
Para a capital belga, os investigadores recomendaram uma estratégia de tecnologia inteligente focada no retrofit data-driven dos muitos edifícios que continuarão em uso nas próximas décadas, mas que atualmente operam ineficientemente segundo padrões modernos. Simulações indicam que um programa de sistemas de gestão de energia para edifícios pode trazer a Bruxelas uma poupança anual de eletricidade e aquecimento de 320 gigawatt-hora e 850 gigawatt-hora, respectivamente, para edifícios não domésticos.
Esses sistemas digitais poderão também vir a ser atualizados no futuro, como parte de uma implementação mais abrangente de sistemas inteligentes para permitir medidas, como demand response, que podem fortalecer a estabilidade da rede. O uso de sistemas de controlo de edifícios como parte de um retrofit normalmente permite uma poupança de energia de até 30% em edifícios mais antigos. Assim, numa cidade inteligente verdadeiramente integrada e conectada, potencial pela IoT, seria possível aos plantadores urbanos obter uma visão geral integrada dos dados de consumo dos sistemas de climatização de todos os edifícios da cidade, permitindo-lhes encontrar um equilíbrio ideal entre consumo e geração de energia.
Esforços semelhantes para tornar edifícios e cidades mais inteligentes estão já em andamento por todo o mundo. Com o MindSphere, um sistema operacional de IoT aberto e cloud-based que coneta sensores, sistemas e máquinas e analisa os dados gerados por dispositivos conectados, a Siemens pode oferecer aos municípios uma ferramenta para o planeamento inteligente da infraestrutura urbana. Com novas e melhores oportunidades a surgirem à medida que o custo de fabrico e instalação de sensores cai drasticamente e a IoT continua a crescer, as cidades podem agora monitorizar e gerir os seus ativos de maneiras impensáveis há apenas uma década.
Fonte: www.smartplanet.pt