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A TecnoHotel Portugal convidou diversos diretores de hotéis de unidades localizados em diferentes regiões para um entrevista com objetivo aferir como a crise afetou a indústria hoteleira e do turismo nessas regiões e as perspetivas futuras
02-09-2021
TecnoHotel Portugal — Dado o contexto pandémico atual, como caracteriza o estado do turismo na sua região? Miguel M. Breyner — O Alentejo e em particular Évora, estão com ocupação muito superior a 2020, no entanto no geral ainda aquém do ano de 2019, que foi um ano de excelência com ocupações de Verão na ordem dos 90%. Ajudaram muito nesta procura o desconfinamento que se verificou já em Julho
TecnoHotel Portugal — A pandemia do Coronavírus obrigou a limitações na circulação de pessoas. Quais são as nacionalidades que se hospedaram no seu hotel? No total de reservas qual é percentagem de hospedes nacionais no seu hotel? Miguel M. Breyner — Infelizmente a pandemia continuou ainda a limitar a circulação de pessoas e esta limitação ressentiu-se mais uma vez na ocupação desta região e deste hotel. O mercado nacional foi o maioritário, com cerca de 90%, seguindo-se Espanha, França e Países Baixos.
TecnoHotel Portugal — A quebra do turismo provocou um crescimento do desemprego. O seu hotel reduziu o número de colaboradores? Miguel M. Breyner — Devido à quebra que nos atingiu desde Março de 2020, tivemos de reajustar as equipas, e assim reduzi-la à nossa necessidade, com a reabertura deste hotel a partir de Maio já crescemos em termos de equipa com muita dificuldade na contratação, devido à necessidade de profissionais que surgiu em toda a região
TecnoHotel Portugal — Considera que as preocupações de segurança, sustentabilidade e a utilização de novas tecnologias vai trazer melhorias na experiência do cliente. Miguel M. Breyner —Desde já a preocupação da segurança sanitária que nos obrigou a grandes alterações nos nossos procedimentos de modo a garantir o máximo de segurança sanitária aos nossos hóspedes. Também as novas tecnologias trouxeram melhorias no processo de check in e check out optimizando os mesmos, e sentimos também uma grande procura dos nossos clientes por experiências locais, genuínas, o vinho, a olaria, a natureza, tudo isto está a ser mais valorizado pelos nossos clientes, e pelo facto de estarmos inseridos numa propriedade de 15 hectares valorizou o nosso produto
TecnoHotel Portugal —Tem havido um aumento da venda direta em relação às OTA’s? Qual a percentagem de reservas por venda direta? Miguel M. Breyner — Sim verificou-se um grande aumento da venda direta, pela flexibilidade e facilidades que o hotel consegue fazer diretamente com os clientes e muito em especial porque os clientes reservam cada vez mais próximo da data da reserva devido à insegurança que ainda vão sentindo e também pela diferença de tratamento pois com a reserva direta o cliente consegue comunicar muito mais facilmente com o hotel e ter a sua reserva mais personalizada e à sua medida TecnoHotel Portugal — Quais as suas previsões para o futuro do setor? Miguel M. Breyner — Estou optimista, a vacinação em Portugal está a correr muito bem, é importante agora tratarmos da abertura de mercados que já foram abertos noutros países europeus e ainda não em Portugal, nomeadamente o mercado brasileiro, e a questão da aceitação do certificado desse mercado . O facto da vacinação estar já avançada vai permitir aumentar o índice de confiança e retomarmos o segmento de eventos, congressos e grupos que é fundamental para este país e para esta região que está aqui a dois passos de Lisboa e com uma excelente oferta para este segmento. Este hotel tem nove salas de reunião todas elas com excelente qualidade para este segmento, assim como a nossa cozinha regional pela qual já somos muito reconhecidos.