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Digitalização e sustentabilidade para recuperar mais rapidamente da crise Covid-19

Segundo o novo relatório da Accenture, as empresas europeias que acelerem uma transição digital e sustentável vão recuperar mais rápido e sair mais fortes da crise pandémica provocada pela COVID-19.

10-02-2021

Digitalização e sustentabilidade para recuperar mais rapidamente da crise Covid-19

Segundo um recente estudo da Accenture, empresas que acelerem uma transição digital e sustentável vão recuperar mais rápidamente da crise provocada pela COVID-19

 

Segundo o novo relatório da Accenture, as empresas europeias que acelerem uma transição digital e sustentável vão recuperar mais rápido e sair mais fortes da crise pandémica provocada pela COVID-19.

O estudo “The European Double Up: A twin strategy that will strengthen competitiveness”, lançado durante a semana da iniciativa mundial em Davos, conclui que os líderes empresariais na Europa esperam regressar aos níveis de lucro anteriores à pandemia no prazo médio de 18 meses.

De acordo com este relatório, a crise da COVID-19 resultou numa divergência entre a resiliência e as perspetivas de crescimento das empresas europeias:

  • Metade (49%) revelou um declínio de receita ou de lucro nos últimos 12 meses e não prevê melhoria durante o próximo ano.
  • Um quinto (19%) teve um forte desempenho financeiro antes da pandemia, mas espera agora uma receita negativa nos próximos 12 meses. O relatório refere-se a essas empresas como "falling angels".
  • Um terço (32%) espera apresentar um crescimento positivo nos próximos 12 meses. O relatório refere-se a essas empresas como os “tomorrow’s leaders”.

O relatório da Accentureindica também que as empresas líderes na transição digital e práticas sustentáveis têm quase três vezes mais probabilidade do que outras empresas concorrentes de serem consideradas “tomorrow’s leaders”, recuperando desta crise de forma mais sólida e ágil.

“A transformação digital definiu o panorama da de negócios na década de 2010 e as empresas que lideraram essa transformação, em termos de velocidade e escala, foram mais competitivas”, assume Jean-Marc Ollagnier, CEO da Accenture na Europa. “Estamos a entrar numa década que inaugura uma nova onda de mudanças nos negócios definida por uma transição sustentável. A forma como as empresas europeias gerem esta dupla transformação determinará a rapidez com que irão recuperar da crise e quão bem posicionadas estarão para garantir um crescimento sustentado no mundo pós-pandémico.”

Quase metade (45%) das empresas na Europa priorizam o investimento em transformação digital e sustentabilidade. Especificamente, 40% dos inquiridos têm planeado fazer grandes investimentos em inteligência artificial, 37% na cloud e 31% estão a reequilibrar os seus investimentos para se focarem em modelos de negócios sustentáveis.

Empresas europeias com incertezas relativamente às metas de crescimento para 2021

De acordo com este relatório da Accenture, menos de metade (45%) das empresas europeias espera atingir as suas metas de crescimento para 2021. Os gestores inquiridos no Reino Unido, França e Alemanha estão entre os mais otimistas, sendo que 59%, 52% e 51%, respetivamente, prevê atingir os seus objetivos para 2021. Países como Itália e Espanha estão entre os mais pessimistas, uma vez que apenas 34% e 31%, respetivamente, considera alcançar os seus resultados para o mesmo período.

“Mesmo as empresas que reconhecem a oportunidade de negócio ao acelerar a sua transição digital e sustentável podem encontrar barreiras em diferentes fases dessa jornada de dupla transformação”, ”, afirma José Gonçalves, Presidente da Accenture Portugal. “Esses desafios incluem a definição de um modelo de negócio viável em torno de práticas e produtos sustentáveis, a capacidade de libertar recursos que mobilizem a organização e de fazer uma transição rápida de projetos piloto e isolados, para iniciativas de larga escala e em toda a empresa”.

O relatório recomenda várias etapas estratégicas que uma empresa deve seguir para superar esses obstáculos e implementar com sucesso esta dupla transformação. Estas estapas incluem:

  • Incentivar modelos de negócio baseados em ecossistemas, impulsionados pela sustentabilidade e dotados de tecnologia: os líderes desta dupla transformação já geram mais de 10% das suas receitas cumprindo esta premissa.
  • Combinar recursos para integrar aplicações tecnológicas com práticas sustentáveis: estes líderes aplicam um investimento maior, alocando mais de 10% da sua receita anual para pesquisa e desenvolvimento. Estes executivos também reconhecem que a sustentabilidade e a tecnologia não são prioridades que possam ser encaradas de forma separada.
  • Liderar e desenvolver talento: estes líderes assumem a responsabilidade pela empregabilidade contínua dos seus colaboradores, não poupando esforços para requalificar a sua força de trabalho, entendendo que desenvolver o talento é essencial para converter a transformação dos resultados alcançados.

“Se compararmos esta necessidade de mudança à ciência, rapidamente percebemos que existe uma razão para o ADN ser representado através de uma dupla hélice”, refere Jean-Marc Ollagnier. “Esta estrutura, em espiral, da molécula base da vida é fundamental para a replicação, adaptação e crescimento, uma metáfora que se torna poderosa no contexto dos negócios se a associarmos a esta urgência de dupla transição – digital e de sustentabilidade. Muitas empresas europeias irão observar como outras conseguem uma vantagem competitiva através da utilização de interações dinâmicas no epicentro do deu ADN. Para juntar-se a elas, terão que desbloquear o valor associado à combinação da tecnologia com os fundamentos mais tradicionais da Europa, a nível de sustentabilidade, solidariedade e propósito.”

Fonte:Smart Cities

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