Como o setor hoteleiro deve enfrentar a saída da crise?

A situação do coronavírus mudou de repente as nossas vidas. Especialmente nos setores da hotelaria e restauração, que foram forçados a fechar ou reduzir significativamente a sua faturação. 

María Santana, consultora da Montaner & Asociados e key account de clientes como a Axel Hotels nos processos de seleção, oferece uma série de conselhos sobre como as empresas do setor devem enfrentar a saída da crise.  "Estamos a passar por diferentes estágios que formam uma espécie de “V”, explica. Parece que o pior já passou e agora é hora de começar a pensar em como vamos sair dessa situação. "Temos que aproveitar o momento atual para pensar em como sair dessa curva incerta". 

 

Saia da curva em quatro dicas  1. Renomear a nossa estratégia 

Algumas empresas do setor estão a adotar ações para serem mais ativas nas redes sociais. “Os seus chefs preparam receitas, contam que material da PRL que estão a doar ...", diz Santana. "Especialmente no momento em que a RSE (Responsabilidade Social Empresarial) é muito importante para o cliente."

2. Gerir a incerteza

Provavelmente, a nossa empresa está em “Lay Off” portanto o nível de preocupação dos funcionários aumentou rapidamente. "Empatia com a nossa equipe, estar ao lado deles e melhorar  a nossa comunicação interna é essencial nos dias de hoje", explica. "Temos que responder a todas as suas perguntas e tranquilizá-las."

3. Repensando as funções

Agora é hora de repensar o trabalho realizado por cada pessoa da equipe. “Verifique a Descrição do trabalho (DPT) para ver se  serão os mesmos após a crise. Se forem necessárias alterações, avalie se os seus funcionários estão preparados para assumir essas novas funções ou se você deve propor um treino específico”

4. Lealdade à sua equipe

Este estágio também é propício à lealdade aos seus funcionários. "Se estiver com eles nessa situação de crise, o apego será reforçado." Para isso, Maria Santana recomenda realizar comunicações mais informais, principalmente em momentos em que há distanciamento social.

“Pode criar grupos do WhatsApp ou fazer chamadas de vídeo mais descontraídas. Tem que ajudá-los a expressar os seus medos, mostrar as suas emoções, reformar a equipe dessa maneira, a fim de sair da crise mais reforçado ”, aconselha.

Por fim, Santana parafraseia José María Carillo, CEO do Grupo Tastia, que aconselha que essa situação deve servir para nos reinventar. "Temos que analisar nossos os pontos fortes e fracos para emergir mais forte dessa situação", conclui.

 

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