Outros
Esta sentença resulta de uma queixa do lobby hoteleiro AHTOP contra a Airbnb Ireland UC em 2015, que sustentava que a Airbnb “era um agente imobiliário” e não estava a cumprir a Loi Hoguet. (Airbnb)
23-12-2019
não é um agente imobiliário e, portanto, não está sujeito à Loi Hoguet.
— Em 2016, a IGF (Autoridade de Auditoria Financeira, parte do Ministério das Finanças francês)concluiu que parecia “legalmente impossível” considerar que a Airbnb estivesse abrangida pela
Loi Hoguet.—Em 2017, um juiz de instrução francês ignorou as intenções da AHTOP de colocar um processo à
Airbnb por incumprimento de regras relacionadas com pagamentos e seguros, bem como por
publicidade enganosa.
—Em março de 2018, um juiz alemão já tinha confirmando (Tribunal Administrativo de Berlim) que
a Airbnb proporciona serviços da sociedade da informação. A Comissão Europeia manteve o
mesmo ponto de vista no seu parecer detalhado para o governo francês em 2016 sobre o
projeto de lei digital “Loi Lemaire”.
—Em abril de 2018, o Tribunal do Comércio de Paris rejeitou um caso apresentado pela AHTOP
contra a Airbnb France em 2016 em relação a alegadas práticas comerciais enganosas e
difamação. A AHTOP foi condenada a pagar 5.000€ à Airbnb para compensar parte das custas
processuais.
O julgamento de hoje fornece uma visão clara das regras que se aplicam a plataformas colaborativas, como a Airbnb (Diretiva de Comércio Eletrónico) e como estas regras ajudam a criar oportunidades para os consumidores. Esclarece também que a Loi Hoguet - uma lei imobiliária francesa com 50 anos - não deve ser aplicada à plataforma Airbnb.
Os acórdãos seguem a opinião do Advogado-Geral do TJUE Maciej Szpunar e do Governo Francês.A Airbnb quer trabalhar de forma construtiva com governos, cidades e reguladores Este caso não está minimamente relacionado com a faculdade de governos ou cidades de toda a
Europa poderem regular as atividades de home sharing. Pelo contrário, os governos e cidades podem
regular, devem regular e assim o têm feito. A Airbnb acolhe esta realidade e trabalha com governos
de toda a Europa para buscar de forma proactiva regulações que ajudem a diversificar o turismo e
protejam a habitação, e para facilitar que mais anfitriões possam cumprir as suas obrigações fiscais.
A Airbnb pretende continuar a trabalhar com a Comissão Europeia de forma a garantir que as
orientações e as proteções apropriadas estão em vigor, para que os Estados Membros garantam que as regras locais são claras, justas e proporcionais, reconhecendo as suas próprias obrigações e
responsabilidades enquanto plataforma on-line.
A partilha de alojamentos na plataforma Airbnb cria novas oportunidades económicas para milhões de europeus - que recebem até 97 cêntimos por cada euro que cobram - e gera novas fontes de receita para as famílias, comunidades e governos locais fora dos centros hoteleiros e dos pontos turísticos. Só no ano passado, as viagens na Airbnb geraram um impacto económico direto estimado de mais de 100 mil milhões de dólares em todo o mundo e de 36 mil milhões de euros nos Estados-membros da UE.
Siga-nos no Facebook — https://www.facebook.com/tecnohotelpt