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Tem que apostar em tecnologia a todo custo? Ao investir em soluções tecnológicas, muitos hoteleiros investem nas tecnologia mais disruptiva, sem levar em consideração as necessidades e desejos dos hóspedes.
10-01-2020
De fato, uma pesquisa recente realizada pela Hospitality Financial and Technology Professionals y Hospitality.Net (patrocinada pela Shiji) concluiu que os entrevistados propõem-se investir mais em tecnologia relacionada com experiência do cliente do que em qualquer outra área.
Mas como acertar? Primeiro, vamos começar a casa pelos pilares. O wifi deve ser o mais rápido e seguro possível. Mas uma vez que os pilares estejam cobertos, é hora de pensar em como diferenciar. Sem dúvida, o maior diferencial passa por pensar criativamente em como usar a tecnologia para melhorar a experiência do cliente.
O fator surpresa geralmente funciona ao capturar o cliente. Por exemplo, como Frank Wolfe, da Hospitality Financial and Technology Professionals (HFTP), diz com razão, o NH Collection Berlin Friedrichstrasse oferece aos viajantes em negócios uma tecnologia diferente ao apostar num projetor 3D que permite criar apresentações holográficas.
Logicamente, que nem todos os hóspedes estarão interessados em usar essa tecnologia, mas não há dúvida de que os viajantes em negócios terão esse hotel em Berlim como referência.
A era da robóticaA assistência robótica também tem estado a melhorar bastante ao longo do tempo e tem muito mais implementação do que há cinco anos atrás. Por exemplo, Wolfe cita, a Aloft Cupertino (Califórnia) que tem um robô mordomo chamado Botlr que atua como room service e telefona para hóspede quando o serviço fica concluído. A cadeia futurista Yotel tem o Yobot, um robô que opera um grande braço mecânico para armazenar as bagagens dos hóspedes.
[caption id="attachment_9412" align="aligncenter" width="442"] Botlr, o robô mordomo da Aloft[/caption]
Outra aplicação tecnológica com criatividade é encontrada no Kameha Grand, em Zurique, onde na suíte "The Space", os hóspedes podem seguir uma missão da NASA ao vivo num grande ecrã. Além disso, os móveis do quarto recria muito bem esse espaço ao ar livre: cama flutuante, imagens de galáxias nos tetos e paredes, astronautas, etc.Outros hotéis, devido ao seu tamanho, tiveram que otimizar, mas também apostaram em tecnologia. Por exemplo, o Aria Resort & Casino em Las Vegas tem um tablet em cada um dos seus mais de 4.000 quartos. Os hóspedes podem usá-lo para marcar uma consulta no spa, comprar bilhetes para eventos, enviar mensagens, pedir comida ou controlar toda a demótica do quarto.
Mas a tecnologia vai além dos gadgets. Por exemplo, o aplicativo The Lobby, do hotel Standard High Line em Nova York, permite que os hóspedes do hotel contactem para pedir uma bebida ou requerer informações sobre o destino.
Como afirma o vice-presidente executivo da HFTP, esses são apenas alguns exemplos de como a tecnologia está a melhorar a estadia dos hóspedes. Mesmo assim, não há dúvida de que eles podem servir de inspiração para muitos hoteleiros que estão a pensar em investir para melhorar a experiência de seus clientes.