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A reativação anda de mãos dadas com um maior investimento em tecnologia inteligente

Nos últimos tempos, o sector hoteleiro do nosso país sofreu um enorme golpe que significou uma redução substancial d da mão-de-obra e até mesmo o encerramento de estabelecimentos.

19-01-2022

A reativação anda de mãos dadas com um maior investimento em tecnologia inteligente

Nos últimos tempos, o sector hoteleiro do nosso país sofreu um enorme golpe que significou uma redução substancial d da mão-de-obra e até mesmo o encerramento de estabelecimentos. Pouco a pouco esta situação vai a mudar e o sector está otimista em relação a isso.

Uma das chaves para a reativação dos hotéis espanhóis até 2022 é a aplicação de tecnologia inteligente, como assegura Juan Luis de Lucas, subdiretor da Associação Espanhola de Diretores hoteleiros (AEDH) e diretor do Hotel Claridge.

Nesta linha, Juan Luis de Lucas explica que "temos grandes projetos relacionados com a digitalização dos hotéis, mas estamos à espera que os fundos da Próxima Geração Europeia possam realizá-los". Este apoio há muito esperado do sector hoteleiro espanhol ajudará a reconstruir a Europa pós-COVID-19. Será uma Europa mais verde, mais digital e mais resiliente.

 

Uma questão pendente

Para além destas ajudas europeias que são sem dúvida grandes novidades para o setor, a digitalização é um dos temas pendentes dos hotéis e em que trabalharão durante 2022 "com a ajuda de fundos ou sem ela", diz Miquel Escobosa, subdiretor de Operações da Catalunha Hotels & Resorts.

"Os hotéis espanhóis estão num ponto muito incipiente em termos de aplicação de soluções inteligentes e, portanto, com muitas opções para evoluir, o que pode trazer muitos benefícios para o setor", diz Daniel Batlle, fundador e CMO da Alfred Smart Systems. Nesse sentido, Miquel Escobosa concorda que "em Espanha temos um bom parque hoteleiro, mas que oferece oportunidades para inovar".

De acordo com um inquérito realizado pela Alcaltel Lucent Enterprise, apenas 22% dos hotéis se consideram inovadores na interação digital com os seus clientes. O valor desce para 12% quando questionado sobre a sua inovação na Internet das Coisas (IoT).

Apesar disso, o presidente da AEDH, Manuel Vegas, salienta que "com a pandemia, a necessidade acelerou e acreditamos que em 2025, haverá 70-75% de hotéis inteligentes ou semi-inteligentes". Além disso, acrescenta que "os hotéis recém-abertos já chegam com o selo do smart hotel".

 

Os benefícios de usar tecnologia inteligente em hotéis

Os especialistas salientam que a aplicação destas soluções inteligentes para a gestão hoteleira tem um impacto positivo no cuidado do meio ambiente, uma vez que representam uma poupança de até 40% no consumo de energia, de acordo com Acierto.com.

A tecnologia inteligente permite uma utilização mais eficiente em salas e espaços comuns e de abastecimentos como a água, com soluções que alertam para consumo excessivo ou fugas ou problemas. Isto também tem um impacto direto na avaliação que os clientes terão do hotel. De acordo com booking, 65% dos viajantes mostram preferência por serem eco.

"A technificação do hotel é muito importante para ver onde estão os possíveis pontos de poupança económica, uma vez que nas contas operacionais de um hotel 40% são os fornecimentos de energia", diz o subdiretor da AEDH.

 

Há potenciais poupanças energéticas

Por seu lado, o Subdiretor de Operações da Catalunha Hotels & Resorts explica que "há potencial para a poupança de energia, mas nem sempre é fácil quantificar. O clima representa cerca de 50 a 70% do consumo de eletricidade de um hotel e é onde normalmente há muitas oportunidades entre as quais a domótica interviria com sistemas de controlo de presença, temperatura e conforto.

A aplicação de soluções inteligentes em hotéis melhora a experiência do hóspede. Fazer check-in sem passar pela receção, abrir o quarto com o seu próprio telemóvel e encomendar comida através da aplicação do hotel está gradualmente a tornar-se uma realidade.

Mas para que a experiência do cliente seja boa, é essencial, como explica Daniel Batlle, que "a tecnologia é intuitiva e inócua, caso contrário, em vez de um ponto a favor, pode tornar-se um problema para os clientes". Apesar destes avanços tecnológicos, como alerta o subdiretor da AEDH, "tudo isto terá de coexistir durante anos com a forma tradicional, porque há pessoas que não estão familiarizadas com o digital".


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