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É cada vez mais importante apostar no posicionamento da marca e no canal direto de vendas para enfrentar os desafios inerentes à pandemia provocada pela COVID-19
23-03-2021
Nas últimas décadas, o turismo tornou-se num dos setores económicos com maior crescimento, sendo um motor para a criação de emprego e promoção do desenvolvimento económico local.
A pandemia provocada pela COVID-19 e as medidas de contenção por ela imposta, está a ter um forte impacto na indústria do turismo e prevê-se que as empresas continuem a enfrentar os desafios de uma recuperação lenta.
No entanto, é preciso olhar para esta nova realidade como uma oportunidade para alinhar a indústria para uma gestão mais digital.
Graças às novas tecnologias, os consumidores passaram a estar constantemente conectados e com uma atitude cada vez menos passiva.
O setor do turismo apresenta já resultados positivos relativamente aos avanços digitais e à inovação. Para este setor estes avanços são uma forma de dar resposta ao desafio proposto pelo contexto pandémico atual.
Posto isto, o Pavilhão 3 organizou a Feira Virtual de Turismo e Tecnologia, um evento online e organizado pelo Grupo Paraty World onde não faltaram mesas de debate, conferências e entrevistas, com a participação de algumas das personalidades mais relevantes do setor turístico e hoteleiro, especialmente a nível de vendas, revenue management e marketing digital.O poder dos dados na conversão do website e o seu posicionamento
Hoje em dia é cada vez mais importante que o cliente possa pesquisar pela marca e que este seja um processo fácil.
Segundo Diana Costa, Country Manager Portugal na Paraty Tech, existem quatro sítios onde a marca deve estar a presente e explica que é importante apostar “no anúncio de Google Ads (sendo aquele que tem um maior destaque), no posicionamento orgânico (onde nos conseguimos posicionar sem qualquer custa), na ficha de Google My Business e por último, no Google Hotel Ads”.
Após conseguir posicionar a marca e fazer com que o cliente entre no website, é importante medir o comportamento dos utilizadores dentro do próprio site para que este seja otimizado e que se chegue assim a uma maior conversão, utilizando por exemplo, ferramentas como o Google Analytics.
“Algumas das métricas que considero mais importantes são os dados básicos do Google Analytics- número de visitas ao website, número de visitantes únicos, páginas mais e menos vistas, média de páginas por visita, média de tempo na página e a taxa de rejeição- quem é o público objetivo, como acedem ao website, de que forma se comportam e qual é a conversão das visitas”, afirma.
Posto isto, é fundamental seguir algumas recomendações que se podem mostrar determinantes no contexto atual, como é o caso de criar um relatório com as métricas mais relevantes, trabalhar as visitas de qualidade, criar eventos para medir o impacto das alterações no website e utilizar vídeos para que o utilizador permaneça mais tempo no website.
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Eric Viale é Managing Director do grupo IHG Southern Europe e falou com a TecnoHotel sobre o impacto do contexto pandémico atual na setor hoteleiro, e partilhou algumas medidas tomadas pelo grupo IHG de forma a garantir a segurança de todos os seus hóspedes.É cada vez mais importante perceber o comportamento dos clientes no que diz respeito à forma como reservam um hotel. A digitalização e até mesmo a pandemia acabaram por ajudar neste sentido, e cabe agora aos hotéis aproveitar esta mesma digitalização, direcionando os clientes à web oficial que é o canal mais rentável.
“Há canais com muita força. Se queremos que o cliente chegue ao nosso website oficial temos de adotar estratégias para combater aquele que é um hábito que já tem alguns anos”, explica Daniela Costa, Business Development Manager na Paraty Tech.
O canal direto é aquele que é mais rentável e que tem menos custos associados e também onde os hotéis têm total controle sobre vantagens, o que oferecem, etc.
Daniela Costa partilha a opinião de que a pandemia fez com que o cliente apostasse mais no canal direto, uma vez que este procura informações mais atualizadas no website oficial, questões de flexibilidade de cancelamentos e devoluções, outro tipo de vantagens que não monetárias e ainda o melhor preço.
Assim, se o objetivo é que o cliente encontre primeiro o website oficial é preciso trabalhar o posicionamento do mesmo
“Garantir um bom posicionamento do site, garantir a primeira posição orgânico na pesquisa, investir em Google Ads e ter uma ficha de Google My Business bem preenchida são fatores que influenciam o posicionamento do site e o facto dos clientes chegarem até ao hotel mais facilmente”, afirma.
Se os clientes são cada vez mais tecnológicos, os hotéis devem acompanhar esta tendência e utilizar cada vez mais a tecnologia e soluções de revenue management que não só vai ajudar a manter a paridade e a concorrência do hotel sob controle, mas manter também a taxa de conversão do website.
Assim, é cada vez mais importante apostar em ferramentas para aumentar a venda direta: -Rate Shopper- Esta ferramenta recolhe dados de outros websites e fornece informação sobre o preço da concorrência, bem como o preço do próprio hotel em diversos sites. Esta informação pode ser cedida através de relatórios e alertas; -Widgets e Análises em tempo real- Ativando este tipo de ferramentas no processo de reserva, é possível igualar ou comparar preços automaticamente e em tempo real, ajudando assim a evitar o abandono do website, aumentando a conversão das reservas; -Revenue Automático- Os RNS facilitam a gestão diária dos hotéis, permitindo fazer alterações ao preço de forma automática, com base na estratégia que o próprio hotel define; -Business Intelligence- Todas as ferramentas descritas anteriormente utilizam dados. Se os dados não forem devidamente agrupados podem tornar-se difíceis de analisar e filtrar. Apostar no business intelligence permite aos hotéis analisar e alterar a estratégia de acordo com as análises.
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