A AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, a maior e mais representativa associação da indústria hoteleira em Portugal, apresentou hoje, dia 4 de junho, os resultados da 3ª fase do inquérito “Impacto da COVID-19 na Hotelaria”.
Das conclusões do inquérito, que decorreu entre 15 e 29 de maio, destacam-se:
ACESSO ÀS LINHAS DE APOIO & AO LAY-OFF SIMPLIFICADO
- ● 40% das empresas recorreu a linhas de financiamento;
- ● 90% das empresas recorreram ao lay-off simplificado (65% pelo período de 3 meses);
Destas:
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- o 95% das empresas em lay-off colocaram mais de 50% dos trabalhadores em suspensão do contrato de trabalho;
- o 63% das empresas em lay off simplificado colocaram até 30% dos trabalhadores em redução do período normal de trabalho;
- o 12% das empresas em lay-off simplificado colocaram todos os trabalhadores em suspensão do contrato de trabalho;
- o 75% estimam alterar o regime dos trabalhadores que estão em lay-off (e.g. passar de suspensão de contrato de trabalho para redução do horário de trabalho).
- ● 25% das empresas dispensaram colaboradores em regime experimental (até 5% dos trabalhadores);
- ● 36% das empresas não renovaram contratos a termo (até 5% dos trabalhadores);
- ● 99% das empresas não despediram nenhum colaborador (recorde-se que as empresas que recorreram/recorrem ao Lay-off não podem despedir).
CANCELAMENTOS, REABERTURA & APOIOS
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- ● Aquando dos cancelamentos das reservas (já pagas, regime tarifas não reembolsáveis), para o período de 13 de março a 30 de setembro, os clientes optaram: 46% pela devolução do dinheiro, 34% pelo reagendamento e 20% pela emissão de voucher;
- ● Só 5% da Hotelaria esteve a aberta em plena capacidade em abril e maio;
- ● 72% da hotelaria vai estar aberta no mês de junho;
- ● A partir de julho, e até o final do ano, menos de 5% da hotelaria estará totalmente encerrada. Dos que abrem (72%), a partir de julho e até fim do ano, mais de 50% pensam abrir com a sua capacidade total;
- ● Dos hotéis que abrem, e até o fim do ano, em média 25% abre com capacidade e serviços reduzidos até 50%, e 15% até 80%;
- ● Até à data de encerramento do inquérito, as reservas da hotelaria até ao fim do ano correspondem, na maioria dos inquiridos, a 20% da ocupação, com os meses de verão a apresentar uma intenção de reserva um pouco maior quando comparado com o resto do ano (em média 30%);
- ● Os principais mercados que estão a efetuar reservas são: Portugal, Espanha e Reino Unido;
- ● Os principais canais de distribuição são a Booking (40%), Website próprio (36%) e Expedia (21%). Destaque-se que o Website próprio ganha grande relevo no período em análise;
- ● Maioria dos inquiridos (em média 35%) indica que o preço se manterá igual ou inferior (até menos 20%);
- ● Após a reabertura, 98% indica que serão necessárias mais medidas extraordinárias de apoio específico ao Turismo, por parte do Governo, como: Lay-off continuado, medidas de apoio fiscal, apoio para aquisição de equipamentos de proteção individual e financiamentos a fundo perdido.
MEDIDAS SANITÁRIAS & SELO CLEAN & SAFE
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- ● 99% dos inquiridos já possui ou pretende vir a ter o Selo Clean & Safe;
- ● 74% indicam que desenvolveram e vão aplicar um protocolo interno com medidas específicas de higiene e segurança, 19% estão ainda a desenvolvê-lo.
- ● Housekeeping, Acolhimento e F&B são as áreas em que os hoteleiros consideram mais importante ter formação;
- ● Medidas de higiene e segurança vai implicar um investimento mensal médio de 3.818,04€ por hotel ( média 40€/ quarto).
IMPACTO NA TAXA DE OCUPAÇÃO & NAS RECEITAS
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- ● No 1º semestre, a quebra da taxa de ocupação (TO) e da receita situar-se-á entre os 70% e os 89%.
Quanto ao total do ano:
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- ● No total do ano, a maioria dos hoteleiros prevê que a quebra da TO e da receita se situe entre os 60% e os 69%.
PROJEÇÕES AHP
Em razão dos resultados obtidos no inquérito, cruzados com os dados divulgados pelo INE (relativos à ocupação até abril 2020), a AHP - Associação da Hotelaria de Portugal faz as seguintes projeções para o ano de 2020:
Considerando uma perda mínima de 60% na taxa de ocupação para 2020, perdemos 40,6 Milhões de dormidas na hotelaria; num cenário extremo de uma perda de 80% de ocupação no ano de 2020, corresponde a uma perda de 46,4 milhões de dormidas.
Quanto às receitas da Hotelaria, as mesmas devem sofrer uma queda de 75% relativamente a 2019, o que equivale a uma perda de 3.3 Mil Milhões de euros (só em receitas diretas da hotelaria, que têm um peso de 24% nas receitas totais de Turismo).
FICHA TÉCNICA
Inquérito realizado entre 15 e 29 de maio, pelo Gabinete de Estudos e Estatística da AHP - Associação da Hotelaria de Portugal junto dos empreendimentos turísticos associados e/ou aderentes ao AHP Tourism Monitors de todas as regiões de Portugal.
Amostra: 60%
Sobre a AHP – Associação da Hotelaria de Portugal
A AHP – Associação da Hotelaria de Portugal é a maior associação patronal da indústria hoteleira, cujos associados representam mais de 65% do número de quartos da Hotelaria nacional, envolvendo ainda estabelecimentos de alojamento local coletivo - Hostels, Guesthouses e blocos de apartamentos com serviço integrado -; Resorts; TER e TH. A AHP é uma instituição centenária que promove um conjunto de serviços indispensáveis às pequenas e médias empresas, centrando a sua ação no negócio dos seus associados e futuro da Hospitality Industry. Foi reconhecida como Associação de Utilidade Pública em outubro de 2013.
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