Marketing

Reflexão sobre a realidade das redes sociais: como usá-las

É comum que uma empresa, ao contratar serviços externos de marketing digital, veja a gestão de redes sociais como um "pacote baseado no número de criativos e publicações".

13-04-2023 . Por TecnoHotel Portugal

Reflexão sobre a realidade das redes sociais: como usá-las

No caso de sua estratégia de mídia social não estar funcionando ou que você vai iniciá-la agora, isso lhe interessa.

A gestão da rede não deve ser vista em termos do número de conteúdos, mas em termos de:

• Estratégia de longo prazo: ou seja, não publicar por publicar, mas marcar uma história.

• Conteúdo de qualidade: sendo esta a única forma de crescer com seguidores fiéis interessados na sua marca.

As empresas que não o fazem são obrigadas a fazer estratégias de dar "likes" e "seguir contas" para que ajam reciprocamente.

Recomendações de Redes Sociais

Uma vez entendido isso, recomenda-se, antes de falar sobre o número de publicações nas redes sociais, falar sobre:

1. Estratégia

Não é recomendada uma gestão de redes sociais realizada por um perfil tático (e isso é habitual quando falamos de número de publicações). Isso deve ser realizado por um estrategista com visão e alguém tático como executor.

É difícil encontrar perfis como este, existem, mas, obviamente, cobram mais pelos seus serviços (embora, a longo prazo, o retorno seja maior).

2. Conteúdo de qualidade

A criatividade nas redes sociais não é gratuita. Se você, como empreendedor ou gestor, tem clareza sobre qual deve ser a sua estratégia, pode contar, como complemento ao seu trabalho, com um perfil tático (alguém que publica de acordo com as suas diretrizes) mas, caso contrário, deve marcar a estratégia junto com a empresa para a qual vai terceirizar. Neste ponto é muito importante perceber que, por vezes, apesar de querermos que o nosso conteúdo seja de qualidade, isso não é possível e as principais razões são 1) Que o nosso serviço/produto não se presta a ele (serviços/produtos sem personalidade ou sem valores diferenciais e 2) as limitações que temos como empresa a arriscar.

Faz sentido que um serviço/produto sem personalidade, sem valores diferenciais e com muitas limitações tenha uma estratégia nas redes sociais? Sim, mas você deve esperar resultados com base nesses fatores, então, talvez, antes de lançar redes, o negócio deva trabalhar para melhorar esses aspetos.

3. Quanto às despesas

A criatividade também implica custos, não só da equipa que cria, mas, muitas vezes, estas estratégias implicam custos acrescidos. Estes custos podem ser reduzidos se estes criativos tiverem um espírito Growth Hacker (fazer muito com pouco).

4. Tem de estar em todas as redes sociais?

A resposta é clara: NÃO

• Facebook: O orgânico (obter visibilidade de suas publicações sem pagar) está morto, você só deve estar lá se estiver disposto a pagar a plataforma (e recomendo que o faça, pois tem um alto potencial de segmentação).

• Instagram: Hoje, outubro de 2022, é a rede por excelência para a maioria das marcas. É importante destacar a sua funcionalidade "histórias" que devem ser geradas dia a dia. Portanto, ou tem uma pessoa permanentemente no hotel ou tem um membro da sua equipa muito bem coordenado com a sua agência criando uma sinergia entre "a presença do membro da sua equipa" e o know-how e estratégia da agência com a qual trabalha.

• Twitter: Como o Facebook, o orgânico está morto e eu não recomendo (com exceções). Nem a nível publicitário, a menos que tenha muito orçamento e queira testar.

• TikTok: Consultores de marketing vendem esta rede como a panaceia da viralidade, mas não explicam aos seus clientes 1) como deve ser "estimulante" o conteúdo que você tem que gerar e 2) Que essa viralidade é apenas em termos de visualizações do primeiro segundo de conteúdo, mas não em termos de ficar para ver o conteúdo. Então o TikTok não é? Não estou dizendo que não, estou apenas dizendo que antes de acertar bem as bases de outras redes e, se tiver tempo, orçamento e tiver vontade, ataque essa rede.

• Linkedin: Atende, principalmente, colaboradores, gestores e empresários. A estratégia de um hotel, por exemplo, não deve ser falar sobre suas ofertas como em outras redes, mas sim falar sobre o quão profissional é a equipe por trás de suas marcas, o quão interessantes são suas estratégias de marketing ou novidades de produtos.

• Youtube: Apesar de não entendermos esta plataforma como uma rede social, ela é e tem uma coisa incrível que nenhuma outra rede tem (a que a tem está a um nível muito baixo) e que é o SEO! O conteúdo que você gera no YouTube tem potencial para se posicionar, não só na plataforma, mas também no Google e isso é algo que poucas empresas utilizam.

• Outros: Existem muitas outras redes sociais como Pinterest, Snapchat... Se você ainda não iniciou um caminho com os anteriores (com exceções) não pense neles. Se já o iniciou e está a trabalhar neles da forma que indiquei nesta reflexão, então não vai precisar que eu lhe diga o que fazer nestas ou noutras redes: já terá um bom senso bem formado para saber o que fazer e o que não fazer.

 

 

 JAIME CHICHERI

Profissional em Revenue Management, Distribuição e Marketing Hoteleiro. Autor dos dois primeiros livros sobre Revenue Management, Marketing e Distribuição Hoteleira no mundo escritos em espanhol LibroRevenueManagement.com), sócio fundador da escola de negócios eRevenueMasters.com, da agência de marketing digital MarketingSurfers.com, do método OutstandingHoteliers.com, da ferramenta de Business Intelligence bi4hoteliers.com, do site de membros HotelMarketing.School, do programa de empreendedorismo para gestores de receita RevenueKnowmads.com e todo o  Ecossistema de projetos recolhidos em WorldMarketingSurfers.com.

 

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