Como melhorar a nossa reputação com a ajuda dos meios de comunicação

Os médias profissionais desempenham um papel muito importante na na evolução e transformação do setor. Devemos contar com eles, tanto do lado institucional como do lado empresarial.

Mas como devemos trabalhar essa aliança? Que benefícios esse relacionamento podem trazer? Responderemos a essa e outras perguntas a seguir.

Ressalte-se, antes de entrar na questão, que não apenas grandes empresas e instituições são as únicas que possuem conteúdo de interesse para os meios de comunicação e os seus leitores, isso geralmente é um pensamento errado. Na verdade, os pequenos, ao contrário dos grandes, têm uma vantagem competitiva nestes tempos pós-COVID, flexibilidade. Eliminar processos intermediários e encargos de supervisão dá-nos muito mais flexibilidade para sermos capazes de implementar P&D e ler os resultados, e isso é ouro para os artigos.

Não quero dizer, que protocolos e processos são desnecessários. É totalmente compreensível e necessário protocolar para obter escalabilidade num negócio. Afinal, como sempre digo, tudo é questão de equilíbrio.

O mais importante é que traga novos conhecimentos de qualidade. Na maioria das vezes tendemos a cair no "quão bonitos somos". Isso é algo que devemos evitar sempre que possível.

Da mesma forma que o Google nos permite posicionar nosso conteúdo no seu mecanismo de busca de forma natural e paga, os meios de comunicação têm um funcionamento semelhante.

Os meios de comunicação publicarão seu conteúdo de graça, desde que o conteúdo agregue muito valor aos leitores. Mas se também colaborarmos com eles com algum tipo de contratação publicitária, o alcance do nosso conteúdo multiplicar-se-á exponencialmente. Lembre-se de que a principal fonte de receita de qualquer meio de comunicação geralmente é a publicidade e, neste momento, temos que apoiá-la mais do que nunca. A sua função é vital para o progresso e evolução da nossa economia e sociedade. Precisamos um do outro.

Da mesma forma que propomos uma estratégia de posicionamento em buscadores, aqui devemos procurar a estratégia mais equilibrada para o nosso negócio. Embora, neste caso, ao contrário de grandes plataformas de publicidade como o Google Ads, tenhamos a sorte de poder estabelecer contactos pessoais com os responsáveis ​​diretos pelos meios de comunicação e eles poderão nos ajudar e orientar em diversas situações.

Não tenha medo se for "pequeno" e não tiver um orçamento grande. Não pagar não significa que não publiquem nosso artigo e/ou press release, longe disso. Mas também devemos entender que eles são, como nós, um negócio que tem que sobreviver e, obviamente, nos disponibilizarão mais ferramentas, se também fizermos o mesmo com eles.

As ideias são sobrevalorizadas. Lembro-me, há cerca de oito anos, quando lançámos uma pós-graduação numa escola universitária em Barcelona sobre a criação de novas start-ups. Na faculdade, um mês antes do início do curso, foi gerado um debate sobre o projeto final. Alguém comentou que seria bom que todos os alunos assinassem um acordo de confidencialidade entre si para que ninguém copiasse a ideia.

Aqueles que me conhecem já podem imaginar qual foi a minha resposta: "Desculpem, mas acho que devemos

fazer o contrário. Deixe-os partilhar as suas ideias para se alimentarem colaborativamente. Todos podemos aprender com todos e aplicar boas ideias ao nosso próprio projeto. No final, o sucesso dessa start-up dependerá, em certa medida, da sua execução. Todos conhecemos ideias de negócio idênticas com resultados totalmente opostos.

Em geral, existe o velho e incompreensível pensamento de não partilhar informação de interesse comum devido ao medo de que "eles vão tirar-nos o negócio". Quando é apenas o oposto.

De facto, explicar publicamente as nossas últimas estratégias e realizações posicionar-nos-á como inovadores. Então, ao contrário do que pode parecer que, partilhando inteligentemente com a ajuda dos meios de comunicação, ajudar-nos-á tanto a nós como aos outros na profissionalização do nosso setor.

Não se trata de mostrar as nossas estratégias mais atuais e bem sucedidas, longe disso. Mas partilhamos os nossos avanços anteriores para que o sector possa seguir os nossos passos, se estiverem corretos. E, por que não, também as nossas histórias de sucesso.

Mas, não há dúvida de que para levar a cabo o que precede, temos de investir em R&D para descobrir, executar, analisar e partilhar.

Para concluir, gostaria de enviar a todos os leitores uma mensagem de força e encorajamento para enfrentar esta nova mudança de era. Vivemos num tempo de mudança absoluta e de necessidade de inovação. Uma era cheia de novas oportunidades para aqueles que tem mentes inquietas e tentam documentar-se em artigos como este.

Sobre o Autor - Rafael de Jorge é especialista em transformação digital e marketing turístico. Fundador da Growtur. www.rafaeldejorge.com