Equipamentos
Com a abertura prevista para julho dos hotéis das zonas balneares e do interior do país, com o “Selo de Garantia Sanitária”, que está a ser preparado pela AHP, Turismo de Portugal e Direção Geral de Saúde, apresentamos algumas medidas que poderão ajudar a proteger quer os hóspedes quer os funcionários dos hotéis contra o Corvid-19.
23-04-2020
Paquita Álvarez, diretora de produto e consultora da EISI SOFT, e Florencia Pocetti, biotecnóloga e consultora júnior da EISI SOFT, deram um workshop virtual para dar conselhos sobre como lidar com o vírus.
Antes de tudo, lembraram que a melhor maneira de impedir a contaminação é protegendo-nos: lavando as mãos com frequência, evitando tocar nos olhos, nariz e boca, cobrir com o cotovelo ao espirrar e tossir e o muito importante o distanciamento social
Prevenção no hotel
Depois de levar isso em consideração, quais são os principais focos no hotel? Logicamente, as áreas mais quentes são a receção, os WCs e as áreas comuns, botões, corrimãos, elevadores e os interruptores. Além disso, existem alguns horários de pico: pequeno almoço, almoço e jantar. Bem como na altura de check-in e check-out.
Deve-se notar que, embora os nossos hotéis estejam fechados, uma vez que o decreto seja revogado, teremos que manter essas medidas de higiene e prevenção por muito tempo para evitar uma maior disseminação.
Desinfetantes mais eficazes
Para desinfetar áreas comuns, os especialistas do EISI SOFT aconselham dois desinfetantes conhecidos:
Mesmo assim, como o uso de alvejante é proibido em certas instalações, as autoridades locais devem informar que desinfetantes podem ser usados.
Por outro lado, vale ressaltar o importante papel que a gerência do hotel vai desempenhar em todo esse processo, monitorizando todas as medidas preventivas que devem ser executadas. Da mesma forma, é vital realizar um registo de ações preventivas: o que tem que ser feito, a que horas e quem o faz.
Como agir na receção
Em geral, os mecanismos de informação estabelecidos pelas autoridades de saúde devem ser estabelecidos em caso de deteção de possíveis infetados, bem como as medidas preventivas específicas que devem ser estabelecidas em caso de deteção de sintomas compatíveis.
Por exemplo, a receção deve ter os números de telefone de emergência para solicitar assistência ou informações de saúde a qualquer cliente que possa estar doente. Além disso, recomenda-se que o cliente permaneça isolado até à consulta médica e receberá uma máscara cirúrgica. Sempre que alguém entrar nessa sala deve estar protegida com mascara cirúrgica .Por sua vez, o balcão da receção deve ser limpo e desinfetado com frequência, evitando elementos excessivos que os clientes possam manipular. Também é importante ter um gel ou solução desinfetante esteja se não houver casa de banho nas proximidades para lavagem das mão.
Após a troca de objetos entre cliente e trabalhador (cartão de crédito, notas, canetas ...), será realizada uma desinfeção das mãos, mesmo se estiver a trabalhar com luvas.
Serviços de manutenção técnica
Ao entrar nas salas de jantar, os clientes devem desinfetar as mãos com gel. Devemos evitar manipular os alimentos (como um buffet). Além disso, a equipe deve atender à distância recomendada de um metro e meio e deve ser treinada para conhecer os sintomas que um cliente infetado pode apresentar. Da mesma forma, os clientes devem estar a um metro e meio de cadeira em cadeira e não deve haver mais de quatro clientes em 10 metros quadrados.
Após cada turno, a sala deverá ser ventilada e tentar usar guardanapos e outros utensílios descartáveis. Finalmente, máquinas comummente usadas, como máquinas de café, devem ser desinfetadas várias vezes ao dia.
Por outro lado, todos os pratos, talheres e copos devem ser lavados e desinfetados na máquina de lavar louça, incluindo os que não foram utilizados, mas que entraram em contacto com as mãos dos clientes. Toalhas de mesa e guardanapos devem ser lavados industrialmente, aumentando a frequência de troca de toalhas de mesa.
Pessoal e empregadas de limpezaComo dissemos anteriormente, recomenda-se atenção especial aos objetivos frequentemente manipulados, como manivelas, botões, corrimãos, elevadores, interruptores ... Além disso, áreas e salas comuns devem ser ventiladas diariamente.
Os carros de limpeza terão soluções em gel ou desinfetantes para mãos, lenços e luvas descartáveis, aventais e sacos de lixo.
Se entrarem num quarto com um cliente lá dentro, com suspeita ou não de ter a doença, como nos dias de confinamento, eles deverão sair para a varanda. Deve haver desinfetante para as mãos em cada quarto para evitar a contaminação cruzada.
Também é aconselhável separar lençóis e toalhas e evitar sacudi-los. Além disso, se o cliente estiver na quarto e solicitar uma mudança de lençóis e toalhas, deverá solicitar-se ao cliente a tirá-los e acolocá-los num saco de lixo com zíper.
Em resumo, o mais importante é detetar as áreas quentes do hotel e aumentar a sua limpeza, além de manter a distância estipulada de segurança entre clientes e trabalhadores. No final, senso comum, responsabilidade e solidariedade são fundamentais para parar o vírus.
Uma ferramenta para controlar todo o processoPor outro lado, Paquita Álvarez explicou posteriormente como a ferramenta EISI HOTEL foi adaptada para registar digitalmente todas essas ações preventivas realizadas pela equipe do hotel. Ou seja, eles podem marcar na ferramenta quais áreas que desinfetaram e como estão realizar o serviço.
Assim, é possível controlar de maneira simples e eficaz quais as tarefas que foram executadas e quais as que ainda precisam de ser executadas.