Distribuição
09-10-2018
Mas quem é o responsável por isso? Farhad Manjoo, jornalista do The New York Times, analisa a questão em referência às suas últimas férias, que não correram muito bem, justamente por isso: deixar-se guiar por tecnologias como Airbnb e visitar cidades saturadas de turistas. Nas últimas décadas, as inovações na aviação e o surgimento de companhias aéreas low cost reduziram significativamente o preço do voo, também, grandes navios de cruzeiro, verdadeiras cidades flutuantes capazes de deslocar milhares de turistas de porto em porto. Recentemente esses navios foram proibidos de fazerem escala em Veneza . A Internet oferece tudo: reservas online, resenhas locais, mapeamento de smartphones, transporte com motorista do tipo Uber ou compartilhamento de casa, tipo Airbnb", e, claro, a grande influência das redes sociais. Não se pode falar de turismo sem mencionar Instagram e Facebook, sem dúvida os principais impulsionadores dessa tendência. Há 75 anos, o turismo era uma busca de experiência. Agora é sobre o uso de fotografia e redes sociais para construir uma marca pessoal. De certa forma, para muitas pessoas, as fotos tiradas numa viagem tornam-se mais importantes do que a própria experiência. O Turismo em números: Em 1950 houve mundialmente um fluxo de turistas mundialmente na ordem do 25 milhões. Em 2016 esse número passou para os 1.200 milhões e estima-se que em 2030 haja um movimento de 1.800 milhões de turistas. O turismo representa na Europa 10% do PIB e 10% do emprego em Portugal em 2017 representava 7,5% do PIB e perto dos 8% dos trabalhadores.