Distribuição

Como a distribuição evoluiu na Europa nos últimos anos?

Se existe uma constante no mundo da distribuição hoteleira na Europa, é de que os proprietários devem estar dispostos a modificar constantemente a sua estratégia e permanecer flexíveis ao selecionar os canais de reservas e as estratégias que eles usam para maximizar os resultados. 

28-04-2019

Como a distribuição evoluiu na Europa nos últimos anos?

Se existe uma constante no mundo da distribuição hoteleira na Europa, é de que os proprietários devem estar dispostos a modificar constantemente a sua estratégia e permanecer flexíveis ao selecionar os canais de reservas e as estratégias que eles usam para maximizar os resultados. 

Essa é a chave do novo relatório "A evolução da distribuição on-line na Europa", publicado pela D-EDGE, uma nova marca do setor de hospitalidade criada pela Availpro e a Fastbooking. O estudo, que analisou cinco anos de dados de reserva de hotéis da extensa base de dados de clientes da empresa na Europa, oferece uma série de conclusões para os hoteleiros que procuram otimizar o seu mix de distribuição nos próximos anos.  — As três das principais conclusões do estudo:  1. Grossistas e OTAs estão a aproveitar a reserva direta: 

Os hotéis são envolvidos numa guerra com outros canais, tentando equilibrar reservas diretas na sua distribuição de maneiras mais rentáveis, e não só no preço, mas em termos de clientes que ficaram no hotel através de uma OTA.

No entanto, os dados do estudo de distribuição do D-EDGE garantem que as OTAs e os grossistas (bancos de quartos) estão a ganhar terreno à reserva direta.  De acordo com os seus dados, as reservas diretas caíram mais de 6% entre 2014 e 2018. Esse declínio geral ocorre apesar da ressurgência de 1% nas reservas diretas obtidas no último ano (2017-2018).  Ao analisar os canais individualmente, o Booking.com ganhou mais 4,7% de reservas e o Hotelbeds 1,2%.  O D-EDGE, aconselha os hoteleiros a rever trimestralmente a seleção de seus canais de distribuição para obter uma estratégia de distribuição ideal.  2. Cancelamentos gratuitos pesam sobre a rentabilidade  Mais e mais clientes estão a cancelar as suas reservas, de acordo com dados do estudo D-EDGE. E fazem isso principalmente por causa da política de cancelamento gratuito das OTAs como o Booking.com. Dificultando a tomada de decisões efetivas em relação à previsão previsão de ocupação e de rendimento.  O estudo mostra um aumento contínuo nas taxas médias de cancelamento entre 2014 e 2018. Na verdade, aumentaram mais de sete pontos percentuais em todos os canais de distribuição, de 32,5% das receitas anuais em 2014 para 39,6% de 2018.  Ao examinar os diferentes canais, o grupo HRS teve a maior taxa de cancelamento em 2018. Dois terços de todas as reservas feitas através deste serviço foram canceladas. É seguido pelo Booking Group com 49,8% das reservas canceladas.  Embora não haja soluções reais para esse problema, podemos reduzir seu impacto. O relatório recomenda que os gestores dos hotéis utilizem channel managersl que ofereçam uma conexão bidirecional mais robusta, o que permite que o inventário recém-cancelado seja redistribuído mais facilmente para o canal mais adequado. 

Colocar mais taxas não reembolsáveis é outra solução. Mesmo assim, as rígidas políticas de cancelamento não agradam os clientes, por isso é preciso ter cuidado antes de aplicar medidas que se tornem menos amigáveis para o consumidor.

3. O tempo médio de permanência cai

O documento técnico do D-EDGE também sugere que os hóspedes do hotel reservem estadias mais curtas. Entre 2014 e 2018, a duração média de permanência dos hóspedes nos hotéis europeus foi reduzida de 2,37 dias para 2,26 dias.

A reserva de viagens através do HRS teve a menor média de permanência (1,97 dias), enquanto os hóspedes que reservaram através do Hotelbeds tiveram a maior (2,77 dias).

Essa tendência gera várias conclusões. Certamente os hotéis focados no setor MICE não ficam surpresos em saber que a duração média da estadia está a cair em viagens de negócios, enquanto aqueles que trabalham em grandes resorts não estão a ser tão afetados.

Mesmo assim, seja qual for o tipo de hóspede, o relatório  aconselha o hoteleiro a concentrar os seus esforços nos canais de distribuição que tendem a oferecer aos clientes estadias mais longas, pois isso ajudará a maximizar os benefícios. Além disso, devemos oferecer maiores oportunidades aos clientes de up-selling assim como de cross-selling.

Conclusões

Em suma, o relatório dá boas e más notícias aos hoteleiros. Em primeiro lugar, apesar da queda da reserva direta, a ligeira recuperação do ano passado dá origem à esperança.

De qualquer forma, não há dúvida de que quanto mais trabalho houver, mais controle os hotéis terão do estoque. Investir em tecnologia para facilitar a reserva direta sem atrito pode ajudar essa mudança na tendência a ter um maior impulso.

Por outro lado, os hoteleiros europeus continuam a operar num ambiente onde há grandes players como o Booking Group ou Expedia, que controlam a maior parte da distribuição de hotéis no continente. Mas os hotéis devem olhar além e diversificar sua distribuição, de modo que não dependam de apenas um ou dois gigantes. Eles devem apostar nos consórcios, nos parceiros do GDS ou até mesmo nos OTAs de nicho de mercado. Uma abordagem flexível à estratégia de distribuição será o melhor caminho para o setor hoteleiro.

Pode baixar o relatório completo clicando AQUI 

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