Distribuição
Em Dezembro, o Parlamento Europeu apoiou algumas das propostas da HOTREC (Associação dos Hoteleiros Europeus) em defesa de uma maior "equidade e transparência" e para pôr fim às cláusulas abusivas que as OTAs forçam hotéis a assinar
02-01-2019
Mesmo assim, o HOTREC considera que é necessária mais clareza na aplicação do regulamento aprovado, de modo que os contratos com as OTAs tenham cláusulas gerais e não sejam estudados caso a caso. Além disso, o Parlamento também pede mais transparência nos canais de distribuição adicionais que as OTAs estão a usar para comercializar os quartos.
O regulamento do Parlamento Europeu também exige mais objetividade em relação ao tratamento de reclamações, para que sejam tratadas de forma justa, sem considerar sua admissão ou não com base em elementos subjetivos. Por último, o Parlamento promoverá também uma melhor proteção dos direitos de propriedade intelectual, com o objetivo de proteger as marcas nos mercados on line.
Em suma, o HOTREC considera que a decisão tomada pelo Parlamento Europeu e, alguns dias antes, pelo Conselho de Ministros, é "um passo importante para uma maior equidade e transparência na relação existente entre hotéis e plataformas online".
As Grandes OTAs representam 90% do mercadoAtualmente, a Booking.com controla 2/3 do mercado de intermediação, uma percentagem que chega a 90% se adicionarmos a oferta da Expedia e da Ctrip. "Esse domínio trouxe práticas desleais, que o atual regulamento começa finalmente resolver", diz Markus Luthe, presidente da HOTREC.
Sem dúvida, o principal problema abordado pelos hotéis nas negociações com as grandes OTAs é a cláusula que exige o menor preço para essas grandes plataformas. Essas políticas de paridade já foram eliminadas em vários países europeus e, na Espanha, o CEHAT, que faz parte do HOTREC juntamente com o Gremi d'Hotels de Barcelona, já solicitou várias vezes o seu término.